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Design Thinking no recrutamento: como aplicar essa metodologia para criar processos mais inovadores

O recrutamento moderno já não pode ser tratado como uma atividade puramente operacional e linear. Cada vez mais, empresas buscam metodologias que tragam inovação, foco no candidato e que permitam explorar diferentes perspectivas na construção de processos seletivos. Nesse cenário, o Design Thinking surge como uma abordagem poderosa, capaz de transformar a maneira como recrutadores lidam com desafios de contratação e experiência do candidato.
Mas o que é o Design Thinking e como ele pode ser aplicado ao recrutamento?

O que é Design Thinking?

Design Thinking é uma metodologia que tem como base a resolução de problemas complexos de forma criativa e colaborativa. Ela é centrada no ser humano e explora diferentes perspectivas para desenhar soluções que realmente atendam às necessidades das pessoas envolvidas. Originalmente aplicada em design de produtos e serviços, a metodologia pode ser utilizada em diversos contextos, incluindo processos de recrutamento.

Seus pilares são:
Empatia: Entender profundamente quem é o usuário (neste caso, candidatos)
Definição: Reunir insights para definir claramente o problema a ser resolvido.
Ideação: Gerar ideias inovadoras e pensar “fora da caixa”.
Prototipagem: Criar versões iniciais e tangíveis das soluções propostas.
Teste: Colocar as soluções à prova, colher feedbacks e refinar continuamente.

Quando aplicado ao recrutamento, o Design Thinking permite que recrutadores questionem suposições, testem novas ideias e reimaginem todo o processo seletivo, desde a atração de candidatos até a experiência pós-entrevista.

 

Por que aplicar design thinking ao recrutamento?

Nesse novo mercado, um processo seletivo eficiente é aquele que encontra os talentos certos e proporciona uma experiência envolvente e positiva. Candidatos não querem mais apenas conseguir um emprego; eles desejam um processo que respeite seu tempo, que seja claro em suas comunicações e que os trate como parceiros, não como números.
O Design Thinking traz ferramentas para que profissionais de RH consigam desenhar jornadas que, ao mesmo tempo, atraiam os talentos certos e atendam as demandas internas da empresa.

Como aplicar o Design Thinking no recrutamento?

Passo 1: Empatia – Entendendo candidatos e gestores de contratação
No Design Thinking, empatia não é apenas um termo genérico. É uma prática. Para aplicá-la no recrutamento, o primeiro passo é sair do escritório e mergulhar no universo dos seus candidatos. Realize entrevistas qualitativas para entender suas frustrações, desejos e expectativas com relação ao processo seletivo.
Entenda quais são as maiores barreiras e dores durante o processo, o que os motiva a seguir ou abandonar um processo seletivo, como eles percebem a comunicação durante as etapas e o que consideram uma experiência positiva.

Passo 2: Definição – Reestruturando os problemas de recrutamento
Depois de reunir informações dos stakeholders, é hora de definir quais são os verdadeiros problemas a serem solucionados. Por exemplo:
“Os candidatos estão abandonando o processo na etapa de entrevistas técnicas” pode ser redefinido como “O processo de entrevistas técnicas não está proporcionando uma experiência interessante e justa”.
Esse momento de redefinir o problema é crucial, pois ele traz clareza sobre as verdadeiras causas-raiz dos desafios de recrutamento.

Passo 3: Ideação – Gerando soluções criativas e inovadoras
Após a fase de definição, é hora de reunir a equipe para um brainstorming. Aqui, a quantidade de ideias é mais importante do que a qualidade inicial. A proposta é pensar de forma livre e explorar caminhos que ainda não foram testados.
Uma técnica útil é o Crazy 8, em que cada membro da equipe tem 8 minutos para desenhar 8 soluções diferentes. Esse exercício incentiva a criatividade e a colaboração. Depois, é possível priorizar as melhores ideias com base na viabilidade e no impacto.

Passo 4: Prototipagem – Criando e testando versões iniciais das soluções
No Design Thinking, não se espera ter a solução perfeita de imediato. Prototipar no recrutamento pode significar criar um roteiro de entrevistas diferente, desenhar um novo flow de feedbacks ou até reformular um anúncio de vaga. O importante é que a ideia seja testável e rápida de executar.
Por exemplo, se a equipe identificou que a comunicação durante o processo é uma das principais dores dos candidatos, um protótipo poderia ser um e-mail de agradecimento automatizado enviado após cada etapa, com feedback personalizado e próximo.

Passo 5: Teste – Coletando feedback e refinando o processo
Por fim, coloque o protótipo em prática e observe os resultados. No caso do e-mail de agradecimento, monitore a taxa de resposta dos candidatos, o tempo que levam para responder e se há mais engajamento ao longo do processo. Reúna feedbacks de candidatos para entender o que funcionou e o que pode ser ajustado.

 

Benefícios do Design Thinking no recrutamento

A aplicação do Design Thinking no recrutamento pode proporcionar uma série de benefícios para sua empresa, como:

Aumento da satisfação do candidato: Ao entender suas necessidades e alinhar o processo com suas expectativas, há uma redução significativa no abandono e um aumento nas recomendações positivas.

Melhor alinhamento entre áreas: A colaboração entre recrutamento e gestores de contratação aumenta, facilitando a comunicação e a definição de perfis ideais.

Inovação nos processos: A busca por soluções criativas transforma o recrutamento em uma área mais estratégica, capaz de atrair e reter talentos de forma mais eficaz.

Redução de custos de contratação: Um processo mais eficiente significa menos tempo gasto em atividades repetitivas e uma diminuição no custo por contratação.

Construção de marca empregadora: Experiências positivas são compartilhadas e contribuem para a reputação da empresa, tornando-a mais atrativa para futuros talentos.

 

O Design Thinking oferece uma nova lente para olharmos o recrutamento: mais humana, empática e colaborativa. Para recruiters, adotar essa metodologia significa sair do automático e começar a criar processos que realmente resolvem problemas de maneira inovadora e eficaz.
Experimente aplicar esses passos no seu próximo processo seletivo e veja como pequenas mudanças podem transformar a maneira como você e sua equipe enxergam o recrutamento. Afinal, inovar não é apenas criar algo novo, mas repensar o que já existe de forma mais eficiente e humana.

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